Vou embora e não me apetece NADA ir. Já estou meia farta deste frenesim de embala e desembala, de escolher o que é preciso e deixar o que não faz falta (tudo me faz falta SEMPRE, mas pronto), de serem só 20 kg, desta vida errante, de ser estrangeira em todo lado, de não ser daqui nem de lugar nenhum. Achei que com a o passar do tempo me habituava a esta rotina, mas o passar do tempo só me garante que isto não é vida para mim.
Gostava de não sofrer por antecipação cada regresso e cada partida, gostava que as vésperas fossem menos cinzentas e que a perspectiva de voltar à vidinha de casa-escola-casa não me deixasse tão doente, tão mal humorada, tão ai... Mas o que custa mesmo é não ter sequer uma previsão para regressar de vez.
Tal como em todas as vésperas, hoje acordei com o verdadeiro tau. Não devia porque por muito cinzento que sejam estes dias, a verdade é que estas duas últimas semanas me encheram a alma de coisas boas, impacááábeis mesmo! Por isso bota e bira ou como se diz por aí bota pá xtrada!
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