sexta-feira, 17 de abril de 2009

Há 200 anos...








...a passagem dos soldados de Napoleão deixou um rasto de destruição e morte numa pacata e serena vila a norte. Nem o refúgio numa igreja serviu de indulto às populações que procuraram escapar à furia francesa. Depois de tomada de assalto a povoação ficou em chamas com quase uma centena de mortos pendurados de cabeça para baixo a comprovar a insídia francesa. Passam duzentos anos do Massacre da Buciqueira.


Há uma semana...


... o cenário era ainda provisório, não havia luzes, nem música, nem público.
... os actores não estavam todos, as roupas precisavam de ajustes e as deixas não estavam memorizadas.
... não havia aquele nervoso miudinho. Agia-se pelo puro prazer de quem faz o que gosta, sem medo de ser avaliado.
... não entravam pessoas estranhas. Estavam só os actores e eu. Estavamos em família.
... combinavam-se estratégias, posições, tempos e códigos.
... era o ensaio geral.



Hoje...

... é dia de ir ao teatro. 200 anos depois recria aspectos da passagem das tropas de Napoleão por Portugal com humor e boa-disposição.
... é a estreia da minha mãe e não me deixaram ir porque do perto se fez longe e da sensatez um despropósito.


Mas daqui eu ouço as palmas. Eu sei que houve palmas!

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