quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Coisas de um dia longo (demais)

É exasperante o sentimento de frustração que me deixam estas aulas. Ao fim de quase um ano de formação ainda há quem chegue [sempre] atrasado e entre sem sequer pedir licença; há quem falte sem por isso ser responsabilizado; há quem veja os outros trabalhar e com displicência vire costas às suas obrigações; há quem infrinja normas básicas de convivência em sociedade, tais como não comer dentro da sala de aula [exigente,não?]; há quem consiga aborrecer-me de morte por saber que todas as terças e quartas-feiras não posso apagar uma parte do meu horário. Se me irrita dar-lhe aulas? Não, o que me enfurece mesmo é a falta de uma alínea para avaliar atitudes e responsabilidades; é ter de cumprir escrupulosamente prazos, parâmetros e sei lá mais o quê, tudo sem qualquer retorno; é saber que aquilo não passa de escória social; é saber que é do meu esforço que lhes pagam vícios, boa vida e telemóveis touch screen; é saber que não lhes posso dizer na lata tudo o que penso sobre eles. Mas que merda.

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