terça-feira, 23 de março de 2010

O amor não é louco*

Intervalo grande da tarde. Pouco relevante o facto de ser a primeira a chegar à sala de professores, porque na verdade o objectivo era ser a primeira a chegar à fila do bar. Objectivo não alcançado. Dá-se o caso de em cima da mesa, bem ao centro da sala de professores, haver um Amor Lindo a vibrar violentamente por alguém. Por breves instantes o meu pensamento dividiu-se entre o lanche e estas questões metafísicas do coração. Mas ainda se usa gravar nos telemóveis alcunhas lamechas para o respectivo consorte? Torrada ou pão com queijo? Não é muito teen essa coisa de atribuir nomes cutchi cutchi aos maridos e afins? Um chá quentinho ou o novíssimo Compal de ameixa que não havia no supermercado?
Há coisas que nem nos dias do período fértil da minha imaginação eu consigo conceber. Ou então não é nada disso e eu que me julgava tão fina e tão fresca, sou mas é uma insensível e, qual montanha escarpada, em lugar do coração tenho um seixinho, um pedaço de rocha dura, um calhau.

*nem lindo, mas é tão fófinho. Eu acho!


3 comentários:

Poetic Girl disse...

Nunca compreendi muito bem esses diminutivos... mas talvez seja insensível também... bjs

Joana disse...

Essa é nova e fofinha!
Chamar alguém com ternura é uma coisa, agora escrever isso na agenda do telemóvel é muito à frente, muito à frente!... mas fofinho!
:)

Miss Kin disse...

Muito bom!!! São esses nomes fófinhos e aquelas músicas teen em sras com uma certa idade... Esta era das novas tecnologias, deixa as pessoas com algum bloqueio acho...