Já todas as meninas sonharam um dia vir a ser hospedeiras de bordo e eu não sou excepção. Contudo, como já não caminho para nova, o leque de hipóteses começa a reduzir-se e, com um bom punhado de sorte, teria de render-me a esse magnífico mundo do atendimento ao cliente ao balcão e ser feliz assim.
Ou talvez não, hoje verifiquei que não seria feliz assim e rapidamente descobriria o caminho para o centro de emprego. Isto porque sou um ser dotado de pouca paciência para atender aos caprichos das chiquerrimas que pretendem uma ligação Bruxelas/Raio-que-as-parta com paragem em Lisboa, em executiva, com lugar para o cãozinho e mais o gatinho. Eu sou capaz de garantir que nem eu nem a alma mais paciente do mundo do apoio ao cliente tem paciência para atender a tais caprichos e tenho para mim que o que valeu a esta senhora foi estar acompanhada de um cavalheiro italiano que não era bonito, nem elegante, nem charmoso - apenas falava italiano - o que como toda a gente sabe faz toda a diferença!
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