quarta-feira, 13 de outubro de 2010

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  • Reclamar na escola com os meus alunos que, um mês depois do início do ano lectivo, ainda não compraram o manual.

  • Reclamar com o (ir)responsável que apareceu cá em casa uma hora e meia depois do combinado e que insiste em transformar uma coisa tão simples como tapar uma fenda na parede nas obras do Convento de Mafra.

  • Reclamar pelo chicoespertismo das pessoas que insistem em passar à frente na fila do supermercado.

  • Reclamar as minhas milhas que foram creditadas na conta do vizinho e às quais ia perdendo o rasto.
Um dia cheio de peripécias destas faz-me pensar que à mínima distracção somos logo trapaceados por alguém que está logo ali ao lado à espera de um deslize nosso. Alguém que não hesita em fazer proveito próprio de uma hesitação ou de um momento de desnorte. Alguém que vive do facilitismo, que sabe de cor os direitos, mas a quem poucos lhe falam em deveres. Viver em constante desrespeito enerva e cansa. Há dias em que penso que era mais feliz sem remar contra a maré.

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