quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Reflexões

Foi há uma semana e há muito tempo que não tinha um aniversário tão sossegado. Fiz trinta e um anos e foi o aniversário do tira-teimas. Aqui onde agora moro não estão os melhores amigos e também não há quorum entre os familiares. Desta vez não fui à terrinha no fim-de-semana seguinte para fazer a festa e receber festas. Não preparei surpresas, mas tive algumas.


Houve quem se antecipasse muitos dias não para ser a primeira, mas porque está sempre primeiro.

Houve gente que me conhece bem e, no meio de muitas rotinas diversas, me ofereceu tempo à mesa num dia de semana.

Houve gente pequena com gestos do tamanho do mundo capazes de ensinar como palavras sentidas ficam para toda a vida.

Houve um intervalo diferente porque naqueles quinze minutos eu não fui só a professora e eles não foram só os meus alunos.

Houve quem cumprisse o insosso ritual do beijinho e do embrulhinho.

Houve quem se lembrásse mais tarde e houve quem se esquecesse para sempre.
Houve uma gentileza dos senhores da TAP que me ofereceram a voltinha da praxe até ao Porto Santo enquanto ansiavamos pela bendita visibilidade. Quase houve condições para se registar na pedra "nascida a 18/11, morrida num dia igual". Queriam...



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